A Petrobras comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a necessidade de ajustar o preço do diesel, devido a fatores como o aumento dos custos internacionais do petróleo e a defasagem em relação ao mercado externo. Segundo a estatal, o reajuste, que pode ser aprovado nesta quarta-feira (29), é essencial para garantir a competitividade e a sustentabilidade da empresa. O impacto previsto é de até R$ 0,24 por litro nas bombas.
O governo federal está preocupado com o efeito desse aumento, já que o diesel é um dos combustíveis mais utilizados no transporte de cargas e, portanto, tem influência direta sobre o custo de produtos básicos, como alimentos e bens de consumo. Qualquer aumento no preço do diesel pode pressionar a inflação, dificultando os esforços da equipe econômica para estabilizar os índices de preços e garantir o poder de compra da população.
Além disso, o reajuste ocorre em um momento de discussões sobre a política de preços da Petrobras. Desde que o governo Lula assumiu, a estatal alterou sua política de paridade internacional, reduzindo o alinhamento direto com os preços do mercado global. Porém, o cenário atual, com o aumento do preço do barril de petróleo e a alta do dólar, trouxe novos desafios para manter o equilíbrio entre atender às demandas da estatal e proteger o consumidor brasileiro.
Por outro lado, o setor de transporte já sinaliza insatisfação com a possibilidade de reajuste. Caminhoneiros, responsáveis por boa parte do transporte de cargas no país, afirmam que um aumento no diesel pode tornar suas atividades inviáveis, gerando efeitos em cadeia que prejudicam toda a economia.
O governo estuda formas de mitigar o impacto, como possíveis subsídios ou medidas que possam suavizar a alta nos preços. A decisão final sobre o reajuste deve ser acompanhada de perto, considerando seus desdobramentos na economia e na popularidade do governo.
