Após um corte significativo de verbas destinado a projetos de apoio a migrantes, muitos venezuelanos que estavam nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, ficaram sem acesso a serviços essenciais, como banheiros, lavanderia e água potável. A decisão de cortar os recursos foi implementada pelo governo Trump, afetando um fundo vital que financia a manutenção de espaços gratuitos para migrantes que buscam refúgio no Brasil.
Esses serviços eram a única fonte de higiene e conforto para muitos imigrantes, que, sem essas facilidades, enfrentam condições ainda mais difíceis em abrigos e áreas de acolhimento improvisadas. Com o fechamento dos centros que ofereciam esses serviços em caráter emergencial, a situação se tornou crítica para centenas de famílias que dependiam da ajuda.
A medida reflete uma postura mais rígida do governo de Trump em relação à assistência a migrantes, cujas políticas de restrição de apoio se refletem também em outros países da América Latina, onde refugiados venezuelanos buscam abrigo devido à crise em seu país de origem. Organizações humanitárias e defensores dos direitos dos migrantes criticam o corte de verbas, apontando que ele agrava as condições de vida de uma população já vulnerável.
O impacto é especialmente sentido nas cidades de fronteira, como Boa Vista e Pacaraima, onde a chegada de migrantes é constante. O fechamento dos espaços, além de retirar serviços essenciais, também gera um sentimento de abandono entre os venezuelanos, que agora enfrentam ainda mais dificuldades para sobreviver em condições precárias. As autoridades locais e organizações não governamentais tentam buscar alternativas, mas o corte de verbas do governo dos EUA dificultou a continuidade de muitos projetos essenciais para o bem-estar dos migrantes.