Compras internacionais recuam em 2024, mas arrecadação sobe 40% com novo imposto e bate recorde

As compras internacionais por consumidores brasileiros apresentaram uma significativa redução em 2024, mas a arrecadação gerada pelos novos impostos sobre encomendas do exterior cresceu 40%, atingindo números recordes. Essa mudança foi impulsionada por alterações tributárias promovidas pelo governo ao longo do ano.

Em agosto de 2024, o imposto federal sobre encomendas internacionais de até US$ 50, popularmente conhecido como a “taxa da blusinha”, foi elevado de 60% para 20%. Essa medida buscou aumentar a fiscalização e a arrecadação, especialmente sobre compras realizadas em plataformas de e-commerce internacionais, como Shein, AliExpress e Shopee.

Além disso, a partir de abril de 2025, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), arrecadado pelos estados, será ajustado de 17% para 20%. Essa mudança tende a impactar ainda mais o custo das encomendas internacionais, reduzindo a atratividade para os consumidores brasileiros.

Embora o volume de compras tenha caído devido aos preços mais altos, a arrecadação tributária bateu recordes, refletindo a maior eficiência na fiscalização e o aumento nas alíquotas. Especialistas apontam que, apesar do impacto negativo no consumo, a estratégia ajudou a reforçar o caixa do governo e pode reduzir a concorrência desleal com produtos nacionais.

Essa política, no entanto, é alvo de críticas de consumidores e empresas, que consideram os aumentos tributários excessivos e prejudiciais ao poder de compra da população. Por outro lado, setores da indústria local veem a medida como uma proteção contra práticas desleais de preços.

Com o novo aumento do ICMS previsto para 2025, o mercado aguarda para ver como os consumidores e as empresas se adaptarão às mudanças.

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