O governo federal, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), decidiu suspender temporariamente as atividades da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE, conhecida como IBGE+. A fundação, criada com o objetivo de promover o desenvolvimento institucional e ampliar as fontes de recursos do instituto, tornou-se o centro de uma crise interna que envolve a presidência do IBGE e seus funcionários. 
Críticas à Gestão de Márcio Pochmann
Desde a nomeação de Márcio Pochmann como presidente do IBGE, escolhido pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, têm surgido acusações de autoritarismo e falta de diálogo por parte dos funcionários. Mais de 600 servidores, incluindo 289 ocupantes de cargos de chefia, assinaram uma carta aberta denunciando práticas autoritárias e decisões unilaterais na gestão de Pochmann. 
Impacto na Estrutura Interna do IBGE
A insatisfação não se limita aos servidores de base; diretores de diversas áreas também manifestaram descontentamento, elevando a crise a um novo patamar. No início do mês, dois diretores pediram demissão devido a divergências com a presidência. A adesão de membros da alta administração às críticas indica uma deterioração significativa no clima organizacional do instituto. 
Reações e Medidas Adotadas
Em resposta às críticas, a presidência do IBGE afirmou estar sendo alvo de “mentiras” por parte de funcionários e sindicatos, defendendo as iniciativas propostas. Contudo, diante da crescente pressão interna, o governo optou por suspender temporariamente a Fundação IBGE+ para reavaliar a situação e buscar soluções que atendam às demandas dos servidores e garantam a integridade das atividades do instituto. 
A suspensão da Fundação IBGE+ representa uma tentativa do governo de mitigar a crise e restaurar a confiança entre a administração do IBGE e seus funcionários, visando assegurar a continuidade dos trabalhos essenciais realizados pelo instituto.
