Contradições no Fies Social e impacto no acesso a cursos de medicina

Criado com o objetivo de atender estudantes de baixíssima renda, o Fies Social tem gerado críticas por exigir valores altos em cursos de medicina, inviabilizando o acesso de seu público-alvo. Voltado para estudantes que ganham até 0,5 salário mínimo per capita (R$ 759), o programa promete financiar 100% das mensalidades. No entanto, há um limite de financiamento: o “teto” é de R$ 10 mil por mensalidade.

Como os cursos de medicina frequentemente ultrapassam esse valor, chegando a custar mais de R$ 12 mil ou até R$ 15 mil, a diferença precisa ser paga diretamente pelos estudantes. Essa situação levou beneficiários a questionarem a eficácia do programa para a população de baixa renda. Uma aluna destacou: “De social, não tem nada”, apontando a contradição entre o propósito do Fies Social e a realidade dos custos dos cursos de medicina.

O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), responsável pela administração do Fies, afirmou que está revisando o limite de financiamento. Contudo, a questão evidencia um descompasso entre a proposta inicial do programa e sua aplicação prática, impactando diretamente o acesso ao ensino superior de qualidade para os mais vulneráveis.

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