Após audiência com Haddad na Câmara, tem encerramento após bate-boca e tumulto

Haddad defende aumento de impostos para os mais ricos e diz que governo está corrigindo distorções

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas sobre o aumento de impostos promovido pelo governo federal. Segundo ele, o objetivo da atual gestão é corrigir distorções e garantir recursos para políticas sociais, concentrando os reajustes sobre a camada mais rica da população.

“Muitas vezes ouço comentários sobre quantas medidas o governo já tomou no campo da arrecadação. É muito fácil aumentar a alíquota de um imposto. Muitos governos fizeram isso, elevaram PIS e Cofins”, disse o ministro. “Achamos que é melhor corrigir distorções para pagar compromissos assumidos, nem sempre por esse governo.”

Haddad citou como exemplo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cuja ampliação foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2021, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida triplicou a participação da União no fundo e, segundo o ministro, deve gerar um impacto fiscal entre R$ 65 bilhões e R$ 70 bilhões em 2026.

“O Fundeb foi criado pelo presidente Lula. Em 2021, o Congresso decidiu triplicar a participação da União, mas diluiu a capitalização até o ano que vem. Em 2026, teremos que desembolsar até R$ 70 bilhões. Como a causa é meritória, que é investir mais em educação, estamos fazendo o dever de casa para honrar esse compromisso. Não vou deixar desguarnecido um programa tão importante quanto esse”, afirmou Haddad.

O ministro reforçou que as medidas adotadas pela equipe econômica visam garantir a sustentabilidade fiscal e preservar programas sociais considerados prioritários pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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