O presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF) e vice-presidente da CBF, Ednailson Rozenha, se pronunciou nesta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), sobre a exclusão de Manaus como cidade-sede da Copa do Mundo Feminina de 2027. Após mais de um ano afirmando que a cidade estava garantida no evento, Rozenha atribuiu a responsabilidade à atuação da Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), especialmente à condução do secretário Jorge Elias de Oliveira.
De acordo com Rozenha, a FIFA não ficou satisfeita com o tratamento recebido durante visitas a Manaus. Segundo ele, a Sedel designava representantes pouco preparados para tratar com a entidade internacional, o que passou uma imagem de amadorismo. “A Fifa não é a Liga de Amaturá. A Copa do Mundo de Futebol Feminino não é o Barezão”, declarou. Ele ainda reclamou da falta de iluminação nos estádios e disse que foi injustamente cobrado por problemas estruturais.
O dirigente ressaltou que, mesmo alertando o governador Wilson Lima sobre a má condução do processo, não foi ouvido. “Manaus era a última cidade a responder os e-mails, a preencher os requisitos e não soube tratar com a devida importância as representantes da FIFA. Me sinto sabotado”, disse o deputado, ao destacar que sua principal contribuição foi incluir a cidade entre as candidatas junto à CBF.
A Sedel rebateu as acusações em nota oficial, afirmando que todas as exigências técnicas da FIFA foram atendidas pela Arena da Amazônia e que toda a comunicação foi respondida dentro dos prazos estabelecidos. A secretaria reforçou que Manaus já foi sede de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar disso, nenhuma cidade da região Norte foi escolhida como sede do Mundial Feminino de 2027, que será realizado entre 24 de junho e 25 de julho. As partidas ocorrerão em oito cidades das regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, com o Maracanã, no Rio de Janeiro, recebendo a abertura e a final.
