O café tem sido um dos produtos responsáveis por pressionar os índices de inflação, devido à alta de preços iniciada no final de 2023. O aumento foi desencadeado por uma redução significativa na produção de grandes exportadores, como Vietnã e Indonésia, em razão de condições climáticas adversas. Esses países, que estão entre os maiores produtores mundiais, enfrentaram colheitas menores devido ao excesso de chuvas e outros problemas meteorológicos.
Em 2024, o cenário se agravou com a safra reduzida no Brasil, principal produtor e exportador global de café. A seca prolongada e as altas temperaturas afetaram a produtividade das plantações, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, resultando em uma colheita muito abaixo da média esperada.
Essa combinação de fatores reduziu a oferta global de café, elevando os preços no mercado internacional. No Brasil, o impacto foi ainda mais sentido devido ao consumo interno significativo do produto, que é uma das bebidas mais populares do país. A alta do café, somada ao aumento no custo de transporte e produção, contribuiu diretamente para a elevação dos índices de inflação alimentar.
Especialistas apontam que, apesar das expectativas de uma recuperação na safra de 2025, a volatilidade climática e os altos custos de insumos agrícolas ainda podem dificultar a estabilização dos preços. Enquanto isso, consumidores e comerciantes continuam sentindo o impacto dessa pressão no orçamento doméstico e nos custos de produção.